quarta-feira, 13 de março de 2013

AS CRIANÇAS E A MISSA






Todos os catequistas deveriam conhecer e se aprofundar no estudo do DIRETÓRIO PARA MISSA COM CRIANÇAS, um documento produzido pela Igreja para direcionar e diminuir eventuais dúvidas sobre o que “pode” e “não pode” fazer durante a missa. E, só depois, pensar numa missa PARA AS CRIANÇAS. E essa missa não pode ser aquela que o padre faz para os adultos, ela precisa ser diferente, mas, sem perder a sua essência, que é de "celebração". Jamais pode ser transformada numa festa qualquer, com pipoca, pirulito, teatro, brincadeira, palhaço e por aí vai...

E para que a missa possa se tornar “interessante”, por mais que isso não seja exatamente o que deveríamos fazer, já que deveríamos isto sim, fazer a missa se transformar em catequese também, eis aí algumas sugestões:

Aqui na nossa Igreja nós fizemos assim...claro que não tudo...mais a maioria das sugestões

- Deve haver uma missa da catequese, com dia e horário específico. Isso significa que a missa vai ser DIFERENTE, todo adulto que lá estiver deve saber que a missa é PARA os catequizandos;
- Homilia e monições voltadas para os catequizandos, mas sem infantilismo;
- Utilização de imagens, ilustrações, encenações. As crianças até a segunda infância (entre 7 e 10 anos) são mais "visuais", elas assimilam muito mais imagens do que escutam (palavra).
- Não distribuição guloseimas na missa (pãozinho, biscoitinho, pirulito). Algumas crianças acabam indo a missa SÓ por isso;
- Promover a participação dos catequizandos nos vários momentos da missa: acolhida, procissão de entrada, ofertório, coleta, leituras, preces; fazendo rotatividade entre turmas e catequistas responsáveis. Uma turma faz a acolhida, outra o ofertório, coleta, etc.
- Promover homenagens em datas especiais, mas sempre após a oração final. A critério do padre pode ser utilizado o memento de ação de graças;
- Envolver e dar responsabilidades aos catequizandos, fazê-los participar também da organização. Isso caberia aos catequizandos com uma fazia etária maior ou crismandos; 
- Treinar os leitores da Palavra e das preces. Não é porque são crianças que as leituras podem ser mal proclamadas;
- Envolver os pais e as famílias neste momentos também. Por exemplo: num ofertório, pedir à família (mãe, pai, irmãos) que entre com as ofertas;
- A acolhida precisa ser bem feita, treinar os catequizandos para, efetivamente, receber as pessoas com alegria... Distribuir os folhetos, folhas de canto, lembrancinhas, etc.
- Enviar "convites" da missa. Dar-se ao trabalho de confeccionar estes convites, entregar com antecedência aos catequizandos, pedir que convidem os familiares. Não meramente imprimir um papel com data, local, horário. Fazer no capricho, de preferência com imagem do tema do domingo;
- Se possível utilizar um coral infantil ou promover um na catequese. Senão, integrar-se com as equipes de canto no sentido de se cantar músicas de criança. Mas nada de sair por aí buscando música secular. A Igreja tem música sacra infantil também...
- A catequese precisa ter uma equipe "de missa", catequistas que se preocupem com essas coisas, que se preocupem com a organização, com os temas, com convites, com cartões/lembranças, com quem vai fazer o que. Em hipótese alguma se deve convidar sempre as mesmas pessoas (pais) e as mesmas crianças para fazer as coisas.

Enfim, é algo que dá trabalho! E essas, são apenas algumas das coisas que se pode fazer. Tenho certeza que a equipe de catequese pode pensar em bem mais. Exceto qualquer tipo de papel que seja meramente parecido com "folha de presença", obrigatoriedade. Se a paróquia tem que chegar a esse ponto, significa que não só a catequese, mas também a Liturgia deixam muito a desejar...

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